2 de abril de 2024

COISAS QUE GOSTEI: A Canção de Aquiles (Madeline Miller)


📚A CANÇÃO DE AQUILES, de Madeline Miller
⭐⭐⭐⭐⭐

Eu sei que ainda temos muitos dias de 2024 para viver, mas acho que já posso afirmar que este será um dos meus livros favoritos do ano! 😄

Aqui estão algumas das coisas que mais gostei na leitura:

🏛️ A AMBIENTAÇÃO
Adorei ser transportada para a Grécia Antiga e para uma história marcada pelos mitos, heróis e deuses gregos.

🏛️ A NARRATIVA
Aqui quem conta a história é o Pátroclo e ele é um excelente narrador. Adorei acompanhar a perspectiva dele dos acontecimentos que levaram à Guerra de Troia, assim como a maneira como ele nos apresenta ao famoso Aquiles.

🏛️ O AUDIOBOOK
Ter conhecido essa história quase que totalmente pelo audiobook tornou tudo mais real, talvez pelo fato de a narrativa acontecer em primeira pessoa. A narração de Diego Muras é ótima e bastante envolvente; pude acreditar que era o próprio Pátroclo quem estava conversando comigo e contando a história.

🏛️ O ROMANCE
Não dá para falar desse livro e ignorar a história de Pátroclo e Aquiles. É linda, é trágica e é apaixonante. Sem dúvidas, a parte mais bonita de toda a história.

🏛️ O EPÍLOGO
Na verdade, é o final do último capítulo, mas para mim tem cara de epílogo. E eu até agora não me recuperei dele. É lindo.

Recomendo demais a leitura! 😉

2 de março de 2024

The Ember's Lantern (Colleen Houck)


📚THE LANTERN'S EMBER, de Colleen Houck
🇧🇷 A Chama de Ember, publicado pela Arqueiro
⭐ 3,5

O livro é bem legal, de verdade, mas algumas coisas me incomodaram e vou tentar explicar.

Começando pelo que eu gostei: 

🍁 A ambientação é ótima; tanto no mundo real, quanto no Outro Mundo, consegui me sentir transportada para outra realidade. Gostei de como autora descreve os lugares, as roupas, os objetos, etc. O nosso mundo parece o do filme "Os Irmãos Grimm", com Matt Damon e Heath Ledger, e Outro Mundo parece a animação "Planeta do Tesouro", da Disney, naquela vibe fanstasia stempunk.
🍁 Os personagens principais. Apesar de meio ingênua e teimosa em alguns momentos, gostei da Ember, principalmente depois da metade do livro; Jack é provavelmente o personagem que eu mais gostei e, se dependesse de mim, a autora poderia escrever outro livro como uma prequel contando as aventuras dele até o momento em que "A Chama de Ember" começa; também gostei do Dev, mesmo achando ele meio esquisito no começo e ter demorado para saber se ele era um personagem mocinho ou vilão, apesar de ser meio previsível quais eram as intenções da autora; Finney foi um dos que me surpreendeu, porque achei que ele seria um personagem secundário, mas acabou tendo bastante destaque na história e, de forma geral, é um dos mais legais; Delia, assim como Jack, merecia também um livro prequel contando suas aventuras como capitã pirata.
🍁 As referências ao folclore do Halloween e também à outras obras da literatura. Elas funcionam mais como easter eggs do que informações importantes para o desenrolar da história, mas mesmo assim achei legal.
🍁 A escrita de Colleen Houck. Este foi o meu primeiro contato com a autora e fiquei bem satisfeita. Gostei, principalmente, de como ela escreve os diálogos entre os personagens e como cada um deles tem uma voz bem definida.
🍁 A abóbora do Jack. O personagem mais adorável de TODO O LIVRO.

Agora, os aspectos que menos gostei: 

🍁 O ritmo esquisito. O livro começa envolvente e intrigante na medida certa, depois fica meio "meh", aí vem um monte de ação e reviravoltas, aí fica meio repetitivo e "meh", mais reviravoltas e fim! Acho que foi por isso que demorei tanto (quatro meses!) para concluir a leitura; em alguns trechos eu praticamente me arrastei. Tudo bem que isso pode ser algo mais pessoal e que não vai ser sentido por outros leitores, mas mesmo assim achei válido mencionar.
🍁 O triângulo amoroso. Para ser justa, eu quase nunca gosto de triângulo amoroso, então talvez eu não seja a melhor referência nesse ponto. Mas acho que para quem é fã, não seria um problema. (Obviamente, Jack é a única opção).
🍁 Os vilões. Acho que são três vilões e, com exceção de um, os outros são bem naquele estilo "sou mau porque sim" e fica por isso mesmo. Ah, e tem um momento que a gente descobre o grande vilão e... assim, sério? Novamente, para ser justa, eles cumprem suas funções de vilões, mas acho que se eles fossem um pouco mais aprofundados, o resultado teria sido melhor.
🍁 Solução rápida. Esse ponto tem relação com o ritmo esquisito. O livro inteiro é marcado por alguns mistérios e desconfianças e aí, nos últimos três (!) capítulos tudo começa a se resolver muito rápido, reviravoltas começam a surgir. Não que seja ruim, porque a autora realmente amarra tudo e não deixa pontas soltas, mas achei meio corrido.

Acho que é isso. O livro é uma leitura divertida, mais aventura de fantasia com romance do que terror paranormal. Mais middle grade do que YA. Nada disso exatamente um problema para mim, mas que pode ser para outros leitores desavisados ou que possam criar expectativas por causa da capa mais "dark". Se fizessem um filme adaptando o livro, eu provavelmente assistiria.

12 de fevereiro de 2024

Someday, Someday, Maybe (Lauren Graham)


📚 SOMEDAY, SOMEDAY, MAYBE, de Lauren Graham
⭐ 4,5

Review:
Eu realmente gostei da leitura e não queria que ela acabasse. Agora preciso de uma continuação para saber o que acontece no futuro da Franny.

O livro tem aquele estilo de comédia romântica dos anos 90 e é bem gostosinho de ler, o que me surpreendeu, já que esse não é exatamente o tipo de livro que eu costumo ler - sempre preferi assistir as comédias românticas. Porém, algo na forma como Lauren Graham escreve me envolveu completamente. Franny é uma protagonista muito cativante e com a qual sinto que muita gente consegue se identificar.

Acho também que a Lauren colocou muito dela e de sua própria experiência como atriz na construção da história e, se for o caso, é ótimo, pois torna tudo mais real. Aliás, imaginei o tempo todo a Franny como ela e, na minha cabeça, era a voz da Lauren falando bem rápido que estava narrando tudo. Adorei isso!

A história pode parecer meio batida e talvez previsível, mas isso não tira em nada o charme do livro. Sabe aquela coisa de ser menos sobre a história e mais sobre como se conta essa história? Então! Os personagens, cenários e situações são muito bem construídos. Me senti completamente transportada para a Nova Iorque dos anos 90, conseguia enxergar as ruas, as pessoas e as roupas que a Franny descreve. Ah, também gostei de ler as anotações e ver os rabiscos e desenhos que ela faz nas páginas do planner dela. 😄

História gostosa de ler, com humor, romance e drama na medida certa. Eu realmente espero que tenha uma continuação porque fiquei curiosa para saber o desfecho de alguns personagens.

No Brasil, o livro foi lançado pela editora Record com o título Quem sabe um dia e está disponível no catálogo do Kindle Unlimited.

13 de março de 2023

Depois (Stephen King)


Na semana passada concluí a minha primeira leitura de 2023 e achei que o evento merecia um destaque no blog. Já estava desacreditada e achava que não sabia mais ler. A verdade é que desde o final de 2021 (!) que não me empolgava muito com livros e tudo o que li desde então foi com muito esforço, quase me arrastando (metaforicamente, claro) e, dessa vez, não foi assim tão diferente. Tive muita dificuldade para ter disciplina para ler, mas todas as vezes em que parei para fazer isso, não consegui desgrudar do livro. Então, é isso. Obrigada, Stephen King por me lembrar que sou leitora e que livros são tudo de bom.

Ah, sim, o livro é Depois, lançado pela Suma em 2021. Inclusive, comprei na semana do lançamento e paguei caro, então já fica aqui a recomendação: se o livro for ficar parado na estante por um tempo, deixe para comprar depois e aproveite uma promoção 😉

Sobre o que é?
Um menino chamado James Conklin, que tem uma habilidade bastante peculiar: ele vê gente morta e consegue falar com elas. Até aí, tudo mais ou menos bem; mas a situação muda um pouco quando existe a possibilidade de usar essa habilidade para algum benefício - seja pessoal, seja para outras pessoas. De forma geral, é uma história sobre aprender o que é certo e o que é errado e sobre encontrar a coragem de encarar aquilo que te dá medo.

Quer saber de uma coisa, a pior parte de crescer é como isso faz com que a gente cale a boca.

O que eu mais gostei?
São alguns os pontos que mais me agradaram. Primeiro, a habilidade do King de nos envolver em suas histórias; aqui, tudo realmente flui muito bem e, apesar da minha falta de disciplina, esse é um livro que dá para ler bem rápido (tem só 192 páginas!), é bastante visual também, a sensação é a de estar assistindo à um filme. A narrativa é feita pelo próprio James, anos mais tarde, que resolve nos contar sobre acontecimentos da sua infância e da sua adolescência e as situações nas quais acabou de envolvendo por conta de sua habilidade. Acho que esse é um recurso que já foi utilizado pelo autor outras vezes, mas eu realmente não ligo muito - pelo contrário, acho que esse é um dos meus tipos favoritos de narrativa.

Outro ponto que preciso mencionar: easter eggs! Ainda não me dispus a pesquisar, mas as referências à It - A Coisa não passam batido àqueles que conheçam a história do Clube dos Otários e a história de Derry, mesmo que aqui a história aconteça, na maior parte, em Nova Iorque. As referências não chegam a ser spoilers e nem acho que possam atrapalhar a experiência de quem não teve contato com o calhamaço; funcionam mais como uma gracinha do autor para aqueles que já estão familiarizados com o Kingverse. Como It é um dos meus livros favoritos, adorei!

O que pode ser motivo para não gostar?
O final. Acho que dá pra dizer que Stephen King também é conhecido por nem sempre fazer finais legais para suas histórias. Nesse caso, não é exatamente sobre como os grandes conflitos se resolvem, acho até que as soluções foram bem apresentadas. É mais sobre uma revelação no final que, sinceramente, faz a gente pensar "tá... mas por que precisava disso?". Não foi algo que me incomodou, só achei meio aleatório; em todo caso, acho que o autor deve ter os motivos dele para colocar essa parte no final. Ah, sim, e pode ser também que algumas pessoas achem previsível. Eu não achei.

Recomendo para quem?
Para quem já é leitor de Stephen King ou de livros no estilo dos dele; para quem quer conhecer o autor, mas fica com receio de pegar um daqueles calhamaços; para quem gosta daqueles filmes da Sessão da Tarde que passavam nos anos 80 e 90 e trazem aquelas crianças super espertas.

Considerações finais
O livro provavelmente não é o melhor do autor e é difícil saber se chamaria atenção se tivesse sido escrito por outra pessoa. Em todo caso, é um livro honesto e que entrega o que promete. Não mudou a minha vida, mas nada impede de mudar a vida de outra pessoa. De qualquer forma, é uma leitura que prende a atenção do início ao fim, então não acho que seria uma perda de tempo. Recomendo!

Nota: ⭐⭐⭐½


PS: tecnicamente, o primeiro livro que concluí em 2023 foi Tales of The Shadowhunter Academy, da Cassie Clare, mas como ele já me acompanhava desde o ano passado, resolvi desconsiderar.

11 de fevereiro de 2022

Aconteceu naquele verão: doze histórias de amor (organização de Stephanie Perkins)

Comecei a ler esse livro nessa época no ano passado, aí como depois de um mês eu não havia concluído, resolvi pausar e deixar para concluir no próximo verão. No caso, agora. Mas perdi a vontade de ler e como só faltavam 3 contos, resolvi marcar como leitura concluída mesmo. Em todo caso, aqui estão os meus comentários sobre os contos que eu li:

Cabeça, escamas, língua e cauda (Leigh Bardugo)
Gostei de como esse conto começou, de como a narrativa já vai envolvendo desde o início e, ao mesmo tempo, já cria uma atmosfera com elementos de fantasia. Porém, conforme a leitura foi avançando, meio que fui perdendo o interesse e todo o encanto se perdeu. Aos poucos foi ficando previsível também e fiquei com a sensação de que algo ficou faltando. O desfecho foi bem corrido também.

O fim do amor (Nina Lacour)
Já não consigo me lembrar muito desse aqui, então acho que não foi muito marcante para mim. Não há nada que eu tenha achado particularmente ruim, mas também não foi super memorável. No geral, foi 'meh'. Porém, quero destacar que gostei de a história acontecer em um acampamento de verão, respeitando a proposta da coletânea.

O último suspiro do Cinemorte (Libba Bray)
Uma das minhas histórias favoritas! Adorei a narrativa, adorei que a história acontece em um cinema, adorei as referências pop, adorei o casal e adorei ainda mais a reviravolta que acontece mais ou menos na metade e muda completamente o tom da história. É bem Sessão da Tarde, super divertido. Fiquei curiosa para ler outras coisas da autora.

Prazer Doentio Francesca (Lia Block)
Outro favorito! Aqui temos uma história de verão que acontece nos arredores de Los Angeles (acho) durante o fim dos anos 70 ou início dos anos 80. É meio difícil de saber exatamente a época em que a história acontece, mas as referências musicais dão algumas dicas. Aqui também acontece algo que eu adoro, que é quando um narrador adulto conta algo que aconteceu durante a sua juventude, décadas antes. Essa é uma história que me manteve curiosa o tempo todo porque precisava saber como terminaria e achei bem surpreendente. Como a autora não usa nomes para os personagens e apenas os identifica com iniciais, fiquei pensando se não seria algo sobre a própria vida dela. Também quero conhecer outros trabalhos dela.

Em noventa minutos, vá em direção à North (Stephenie Perkins)
Esse eu comecei a ler, mas perdi o interesse e resolvi pular. Aí, descobri que é continuação do conto da autora que foi publicado na coletânea de histórias de fim de ano (O presente do meu grande amor), mas já não lembro de nada daquela história, pois faz anos que li. Então, resolvi deixar para outro momento. Ou não. Sei lá.

Lembranças (Tim Federle)
Acho que, de todos os contos, esse foi o que mais me passou a vibe de verão. A história acontece em um parque de diversões e não é exatamente sobre o início de um relacionamento, mas sim sobre o fim de um. Gostei dos personagens e de como o autor conseguiu desenvolvê-los tão bem em tão poucas páginas. A narrativa é bem envolvente e fluída também e em nenhum momento senti que o conto ficou longo. Tudo aqui é na medida certa e, mesmo a gente já sabendo desde o início como vai terminar, adorei acompanhar a história.

Inércia (Veronica Roth)
Confesso que já comecei a ler esse conto com as expectativas baixas porque não gostei de Divergente e nem da escrita da autora. Ainda assim, fui com o coração aberto e me surpreendi...até certo ponto. Gostei muito que esse conto tem uma coisa meio ficção científica, com personagens que conseguem conectar suas consciências e se comunicar enquanto revisitam lembranças em comum. Gostei também que esse conto toca em temais mais sérios, do tipo que não esperava encontrar em uma coletânea de histórias de amor de verão. Estava indo tudo bem até quase o final e eu estava prestes a considerar esse um dos melhores contos, mesmo que longo, mas aí as últimas páginas meio que estragaram tudo. Acho que se a autora tivesse encerrado um pouco antes, deixando o final meio agridoce, teria sido melhor. No fim, só me lembrou do porquê de eu nunca ter me dado ao trabalho de terminar a série Divergente.

Amor é o último recurso (Jon Skovron)
Esse aqui eu meio que já esqueci os detalhes, mas lembro de ter gostado. O que mais me encantou foi a escrita do autor a forma como a história foi narrada.

É isso, não sei se um dia vou concluir, mas fica aqui o meu registro. Achei os contos bem ok e, para ser sincera, não sei se teria lido se já não tivesse lido e gostado da coletânea anterior. Dos contos que li, os que mais gostei foram o da Libba Bray, o do Tim Federle e o da Francesca Lia Block.